OIha só o que eu te escrevi ...

Saturday, November 10, 2007

Brincar de ser feliz!


Gosto das cores que a vida tem quando somos criança.

Sobretudo do olhar, transparente.

Friday, December 22, 2006

Ho Ho Ho!

Guarapuava, 22 de dezembro de 2006.


Papai Noel,


Sei que não és Deus para que eu peça uma porção de milagres.
Não sei se me comportei tão bem durante esse longo ano. Tive minhas falhas, não nego. Mas quem não erra, não é mesmo?
E mesmo porque, o ano ainda não terminou. Quem sabe até lá eu não faça a minha melhor boa ação de todos os tempos, né?
Eu não tomei remédio quando estive doente, talvez o senhor não me ache uma boa menina por isso. Mas por favor não te esqueças que me dediquei com o coração (nem todo!) na coisa que mais me agrada, que é a psicologia.
O senhor sabe que esse ano foi uma descoberta para mim. Você sabe como foi o ano de todas as crianças, não sabe Papai Noel? me desculpa, eu esqueci que já cresci. Não sou mais criança, mas sinto que ainda assim, sabes de todos meus erros e meus esforços.
Esse ano eu não vou lhe pedir uma boneca, já deves estar cansado das tantas que me mandara. Também não quero um computador novo, já que estou mais velha.
Eu não sei se meu presente pode cair da chaminé ou ser deixado embaixo de uma árvore.
Sabe Papai Noel, eu adoro criança. E ainda me sinto uma, ainda bem.
Meu pedido pode não ser tão simples, mas que meus votos sejam atendidos, por favor. Quero que crianças sorriam na data de hoje, que sejam concebidas com amor, afeto, que possam ser celebradas por alguma lembrança material. O mundo está desigual.
Eu não ligo para essa coisa de Natal, me desculpa pela parte que te toca Papai Noel, mas eu não ligo mesmo. Eu cresci e minhas opiniões tomaram um outro rumo. Mas sei o significado e a alegria de uma criança que espera pela meia noite. Que a tua pessoa as incentive em acreditar no bonito, no sincero e na magia.
Eu não sei o que seria de mim se não fosse pela minha esperança.
Fiquei pensando no que pediria de Natal, e eu vi que possuo tudo.
Eu só quero a alegria plena entre famílias, que os sonhos não morram diante de tanta coisa ruim.
Eu espero que essa carta chegue a tempo aí, os correios andam muito lerdos. Além do mais, com essa tecnologia toda, eu lhe envio essa carta pelo e-mail.

Mas me conta, está muito frio por aí?


Beijos, Debora.

Sunday, December 10, 2006

Há um mapa dos meus passos nos pedaços que eu deixei...

Se somos nós mesmos quem trilhamos nossos caminhos, eu acho que me dei bem.
Não pensem em se sentirem péssimos ao saírem da reta.
Saindo dela, encontra-se outra. Ou até mesmo , há tempo de voltar para onde estava..
Fico controlando cada passo que dou e por controlar tanto, tropeço.
Esqueço que alguns dos meus tropeços devem ser levados de forma não tão agonizante. Porque não rir um pouco dos meus defeitos? tenho feito isso.
Sejem idiotas, por favor.
Mas não me venham com cabeça vazia. Mesmo porque, a idiotice é um belo fruto da inteligência quando bem usada.
Se fosses apenas um televisor, sofreria. Eu teria o controle remoto em mãos para te manipular, escolheria quando quisesse me fazer sorrir ou chorar. Mas não seria real. No fim, seria apenas eu e eu mesma no reflexo preto da tv, sentada num sofá com um pacote de Ruffles, quem sabe.
Não me encherias o saco mas não me abraçarias quando precisasse.
Devo respeitar que nem todos seguem a mesma trilha.
Alguns cortam o caminho e acabam se perdendo, eu já fizera muito disso.
Lembra-te que aqui não tem setas, precausões e capacidade máxima.
Tais sem a bússula, e eu também.

Friday, September 08, 2006

É a saudade meu bem.

E fazer você voltar ao tempo em que nada nos dividia, havia motivo pra tudo e tudo era motivo pra mais. Era perfeita simetria, éramos duas metades iguais.
O teu maior defeito talvez seja a perfeição. Tuas virtudes talvez não tenham solução. Então pegue o telefone ou um avião, deixe de lado os compromissos marcados. Perdoa o que puder ser perdoado, esquece o que não tiver perdão e vamos voltar aquele lugar.




Vamos voltar?

Thursday, September 07, 2006

Eu tinha quase que dezoito mas acabava de nascer...

A inocência dá a cara e se machuca. Você não sabe isso - não sente aquilo. As pessoas possúem tempo - o próprio. De acaso com a verdade, eu sempre me notei como uma grande garota inocente. A grande garota que se desfaz da malícia e a transforma em expressão interna. Já me imaginei cantando em público porém nunca em me despedir. É, eu odeio aquela lembrança presente de quando você sabe que vai virar uma grande nostalgia e motivo de choro. Eu vivo a dramaticidade na mesma intensidade que meus sorrisos verdadeiros. Continuo me movendo por sempre estar em busca de mim mesma. Sabe, eu me encontro todos os dias, mas quando me perco fico assustada. Tento fugir de alguns medos, mas não me desfaço deles. É um grande fracasso ter de me libertar das minhas angústias dessa maneira, mas quando consigo sinto-me aliviada (inevitável!). Reconhecer uma perda é muito mais gratificante do que vencer sem mérito.Derrubar muros é bem mais simples que construí-los, caso tenha uma grande proteção. Árvores não vão te proteger da chuva, elas atrem raios. Você aprendeu né? é, eu também. Mas sempre estamos dipostos a fugir para a proteção mais próxima. Eu recuso ter de correr para tão longe e isso não me torna orgulhosa. Também gosto da facilidade instantânea, mas depois é uma grande bobagem. A gente sempre pode fazer melhor.
Havia uns nomes estranhos e ao lado uns números altos acompanhando-os. Sentei-me para que nunca pudesse ver a pontuação que sempre quis evitar. Fujo de números o tempo todo. O alto e bom som humano se referindo a alguma característica minha me intimida por completo. Não me defino como equação, nem como poesia. Arrasto-me nas idealizações e me buscam na falta de confiança. Me resgatam. Me amam. E são amados.
Em grande parte, são.
Tenho defeitos, limites, cerne e ossos. Mas procuro sempre ir além.




Ah, texto escrito em Junho, durante uma fase um tanto caótica! ;)

Saturday, September 02, 2006

Esse negócio de você longe de mim ...

Vou dar total credibilidade aos fatos que me rodeiam. Simplesmente por serem fatos de extrema sinceridade. Chega de dar atenção às más línguas , por mim elas que se mordam e tomem do próprio veneno.O mundo bem que podia mesmo ser do tamanho daqueles globos em que costumamos ver em sala de aula. As distâncias são pequenas e com um piscar de olhos dá para ir e voltar do Japão pelo menos duas vezes.Deve ser útil estar em tantos mil lugares ao mesmo tempo. É uma mão na roda (e eu já ia escrever pé, que horror) , resolver os problemas sem lentidão e matar saudade de pessoas queridas de forma eficaz. Por outro lado, teríamos de nos despedir das borboletas do estômago e deixar de lado sem drama a ansiedade de viver. Os planos seriam descartados e cairíamos de queixo no chão. Ia ser um machucado e tanto. Aí eu me lembro que sou total coração. Que não dá para viver em um globo de sala de aula. Que distâncias fortalecem e amadurecem. Aí eu me lembro que sonhar é bom. Voltar a realidade também (depois é sonhar mais uma vez) .

Sunday, August 06, 2006

A minha vida continua, mas é certo que eu seria sempre sua...



O primeiro fato é a minha vontade. Eu não quero pensar, não quero me juntar a neuroses e preocupações. Não significa que eu não me preocupe e não dê total ênfase às causas, nada disso. Vou deixar as surpresas aparecerem e deixar a vida tomar seu rumo por si mesma. Chega de interferir, por enquanto agora. Se parar para pensar, estraga. Mas eu insisto em reclamar sem direito algum. Reclamo por não me sustentar do único sentimento verdadeiro que possuo. Reclamo por continuar em busca das minhas aventuras. Todas elas passam e sempre me resta apenas o teu cheiro. Deixei o bilhete sob a mesa avisando minha partida. Eu nunca imaginei olhar para trás e ver com o coração aberto, a minha inocência de menina aventureira. Vivo entre segredos e travessuras. Vivo com ânsia de sinceridade. E sinceridade sufoca quem a valoriza por demais. Me peguei engasgada tantas vezes por não me sentir eu mesma, que taquei longe todos os sonhos inválidos. Sonhos inválidos existem. Não há confissão que me traga conforto. E meu erro está sempre por querer me confessar de algo! Esqueça o recado deixado sob a mesa. As condições viraram contra si próprias. Eu jurava ter visto a luz diante dos meus olhos. Mas a solução estava sob às escuras, a espera de que eu pudesse a iluminar. E então eu fui embora. Encontrei tantas luzes que me iluminaram de uma maneira que me faziam sentir uma fugitiva de mim mesma. Elas brilhavam demais para mim. Brilhavam tanto que desconheci o real, me tornei cega. Me dei conta de que é a velha escuridão que me ampara. Quem deve iluminá-la sou eu, sempre na medida certa para que não te deixes cego assim como fiquei. Na medida em que me ensinara.
Nada adianta apagar as luzes e não ter a tua presença para que eu me sinta acesa.

Sunday, July 23, 2006

Tinha força de quem sabe que a hora certa vai chegar.


Minha inspiração é diretamente relacionada com a hora que o relógio marca e com o tanto de angústia que o coração sente. Momentos de felicidade plena tem sido tão frequentes, que eu ando pensando na vida e escrevendo bem subjetivamente.
Cada palavra bonitinha que eu expulso da minha cabeça, tem alguma coisa muito bonitinha e muito inocente que vai morrendo dentro de mim. Mas é assim que eu estou conhecendo esse bicho estranho que vive dentro desse corpo de menina e percebendo que, talvez, já não haja mais nada de menina por aqui - Há quem diga que é neura de psicólogo.
Sabe o que que é? Eu acabo idealizando muito o passado, esperando muito do futuro e conseguindo viver pouco do presente, simplesmente pelo fato de que eu passo a maior parte do meu agora pensando em tudo o que seria e não é.

Tuesday, July 18, 2006

Por uma vida mais ordinária


Quero acordar com o sol entrando pela janela buscando o cheiro do café fresquinho. Quero levantar e tirar aquele pijama de bolinhas que já viraram pontinhos que estão virando nadinhas. Quero abrir o chuveiro e sentir as gotinhas minhas de cada dia desbotando o corpo e lavando a alma. Quero sentir na pele a maciez da blusinha azul, a rispidez da calça jeans. Quero calçar os tênis de sempre com a vontade de hoje. Quero estudar sabendo que o dia vai ser o mesmo. Com as mesmas pessoas, com os mesmos conflitos, com as idéias tão comuns. Quero no almoço apenas o arroz e o feijão. Cada um em seu canto do prato, respeitando o espaço, a cor e textura do outro. Quero na sobremesa a gelatina, queratina, vermelha, adoçantes, corantes e conservantes. Quero ver a novela, e poder torcer pela bela. Quero amar o mocinho e odiar o bandido. Quero me encher de emoções fáceis, enfim. Quero saber que depois do começo vem o meio e o fim. Tudinho nessa ordem, sabendo que nesse caso a ordem dos fatores altera sim o meu produto. Quero ligar o rádio e escolher uma música pra mim. Pra cantar todos os dias, o tempo inteiro. Cantar de janeiro a janeiro. E dançar apenas em abril e março. Quero uma vidinha ordinária. Uma vez que seja. Um momento me basta. Quero saber que ao menos uma vez cada coisa vai estar em seu lugar e eu não vou mais precisar juntar forças pra recomeçar.

Saturday, July 15, 2006

Refluxo nervoso ...

Cair no meio da balada, falar alto quando todos ficam quietos, cometer gafes com parentes da tua melhor amiga.
Existem momentos que a gente quer mesmo ser um avestruz pra poder se enfiar no primeiro buraco do chão.
Quando as atitudes se tornam inconvenientes as buxexas ficam (mais) vermelhas, a voz falha a as atitudes não obedecem o sistema nervoso, que aliás, fica mais nervoso que o habitual.
Depois de sustentar o vício e dar boas doses da cafeína ao meu corpitcho, uma crise nervosa só poderia mesmo gerar revoluções vulcânicas no esôfago - estômago resultando numa queimação de dar nos nervos (literalmente).
Quando sou pega de surpresa não sei como agir. Me passam mil coisas pela cabeça e meus pobres membros se quer conseguem acompanhar meu raciocínio, que de tão rápido me faz tão lerda. Seguindo os instintos eu fico sempre parecendo uma pata, gaguejo e depois grito bem alto pra esquecer tamanha vergonha!
Gritar mesmo. Gritar mais alto do que minha própria consciência a fim de esquecer aquilo que eu me envergonho só de lembrar.
Nessas horas valem palavrões, músicas altas e sacos de areia. - escapes que Freud explicaria com enorme facilidade!
Euforia e vergonha se misturam. Sorrisos relapsos se espalham, e a queimação no estômago provoca náuseas, me fazendo vomitar tudo aqui.
Por fim, um copo de café frio e uma menina pensando que boas intenções nem sempre significam boas idéias, e teu estômago ainda agradece!



Eu só havia dito que passasse a noite comigo, mas ele virou as costas e disse que ia dormir...